quinta-feira, 5 de maio de 2011

Agências X Companhias – ISM Curitiba X Costa Crociere S.p.A.

 

Costa Fortuna - Rhodes - Grécia

Meu primeiro contato com a ISM, se deu quando eu ainda estava tentando reembarcar pela Pullmantur, e a ISM ainda era afiliada à ISM Agency do Chile. Eles trabalham com a Ibero, Costa, Pullmantur e MSC.

Meu contato com eles foi diretamente com a Carolina Coelho, que pediu que eu enviasse todos os meus documentos para o reembarque primeiramente pela Pullmantur. Porém como a Pullmantur estava demorando para chamar fotógrafos brasileiros, ou talves até mesmo por um critério que eles possuem em contratar fotógrafos brasileiros somente quando iniciam as temporadas no Brasil… enfim, a Carolina, me ofereceu uma oportunidade de entrevista com a Denize Ponz, da Costa.

Eu aceitei, e dias depois recebi o “convite” formal por e-mail para a entrevista, informando ainda que eu deveria ir para Curitiba e passaria 2 dias na cidade, pois no primeiro dia, haveria uma espécie de palestra informativa de vida à bordo e sobre a Costa Cruzeiros, em deveriamos preencher os formulários e ficha de emprego da Costa Cruzeiros.

Então reservei minhas passagens e um hotel e fui para Curitiba. Aliás, se precisar de hotel, algumas dboas escolhas são o Ibis, o Formule 1 e um Albergue afiliado ao Hostel Internacional. Todos ficam próximos da ISM. Se optar por ir de Taxi até lá, partindo de qualquer um destes hotéis, o valor aproximado é de 10 reais.

Também fui informado que deveria pagar uma taxa de 30 reais, se não me engano para cobrir gastos com alguns materiais que seriam fornecidos durante a palestra e um “Coffe Break”, valor que poderia ser depositado em conta com antescedência ou ser pago diretamente na agência no dia da palestra.

Chegando à Agência, aguardamos que todos estivessem presentes antes de iniciar o processo. Primeiramente nos entregaram algumas folhas explicando o básico sobre a empresa, em seguida iniciaram a palestra. Ao final, preenchemos nossas fichas e formulários, e deixamos com o pessoal da agência.
Fomos instruidos à comparecer em traje social para a entrevista com a Sra. Ponz, e preferêncialmente chegar 30 minutos antes da mesma.

Crew Bar - Costa Fortuna

Assim eu cheguei cedo e fui o terceiro à ser entrevistado. Lembro que antes da entrevista, estava muito nervoso, mas a Carolina e o Marco sempre tentaram nos acalmar. Entrei na sala SUPER nervoso, e lembro como se fosse hoje que a Denize disse, pode ficar tranquilo, eu não mordo!!! Então começaram as perguntas direcionadas para minha área, uma vez que eu era um ex-tripulante.

Ao final, achei que não tinha passado pela entrevista, e 2 dias depois recebi em meu e-mail a confirmação que eu havia passado para a segunda fase, que seria uma entrevista diretamente com o gestor da área e gestor de recursos humanos em Genova via Skype. Novamente o nervosismo aflorou!!! (Parecia um tripulante e primeira viagem)…

Então aguardei a data da entrevista. Quando o dia chegou, toda aquela “angúsita” pela incerteza do que poderia acontecer, ser aprovado ou não… acabei ficando mais uma vez nervoso, mas talves pela distância e por ser uma conversa por computado nao demonstrei muito, e consegui me controlar rapidamente para raciocinar as respostas e tentar entender as perguntas… Foram muitas as perguntas que variavam de assuntos diversos como minha vida pessoal, à assuntos relacionados à minha área de atuação. Foram 2 pessoas que me entrevistaram naquele dia, porém me recordo o nome somente de uma, a Arianna Fanelli.

Cerca de 5 dias após a entrevista recebi a resposta da agência informando que eu havia passado. E agora deveria participar de um curso que seria ministrado pela Costa, em CURITIBA. (Mais tarde descobri que poderia ter feito este curso em Santos). Seriam 5 dias de curso e ao final haveria um teste que poderia ser eliminatório. (balela)… Ah, sim importante dizer que não havia custo para este curso, eu só deveria arcar com as minhas próprias despesas de SP-Curitiba e estadia.


Prof. Renato Campos - Ex Crew Toda a turma após a entrega dos certificados
Fui para Curitiba fazer o curso Ready for Excellence como o instrutor Renato Campos.
Foram aulas em inglês, bem fácil de compreender, mas em muitos pontos, os mais importantes ele ressaltava em português mesmo.

Toda aula havia exercícios pra fazer, então sempre ficavamos com as noites livres em CTBA.
No penúltimo dia do curso, tivemos muito o que estudar, pois o último teste seria na Sexta feira, embora já tivessemos feito vários testes durante a semana inteira…
Geralmente nos juntávamos para estudar, comer, papear, e graças a Drika, uma amiga nossa que hoje está no Costa Victoria, nunca faltava Chimarrão.

CTBA - Estudando para Prova do RfE
Então durante as noites frias em que não estávamos com pique pra sair mesmo que fosse somente para comer no shopping que estava há 3 quadras dali, nos reuniamos no quarto do hotel pra “estudar”…

 

 

E na sexta fizemos o teste final, que por sinal foi bem fácil, ao meu ver claro. Mas muitos ficaram nervosos ou nçao tinham estudado e tiveram que refaze-lo depois que os demais foram embora, uma vez que todos deveriam ter uma nota “X” classificatória.

Recebendo o Certificado do RfE

Após este treinamento ou curso que tivemos, só nos faltava voltar pra casa e aguardar a tão esperada chamada para o embarque pela Costa Crociere. O que não demorou tanto, mas a cada dia que passava, pareciam semanas ou meses, talves pela ansiedade.

Ah, sim precisavamos fazer a bateria de exames médicos, que inicialmente foi passado que deveria ser feito diretamente com um laboratório conveniado com a ISM, mas que depois acabou sendo liberado cada um fazer por sua conta, desde que passassem por uma avaliação médica, para que este laudasse os exames para o embarque. E assim eu fiz todos os exames pelo convênio, e passei pelo médico em que a ISM tinha convênio,  que antigamente ficava na Av. Ana Costa em Santos, agora eles tem convênio com o mesmo laboratório que a Infinity Brazil, o PREMEDICAL CARE. Paguei 250,00 pela avaliação e laudo médico. Entretanto se eu tivesse optado em fazer os exames no mesmo laboratório , tudo sairia por 450,00.

Após todos os exames, documentos, certificados e disponibilidade enviados para a ISM, foi só aguardar!!!
Dias depois o Marco entrou em contato comigo perguntando ainda havia interesse de embarcar e se eu estaria disponível no momento, pois minha data havia saído, e 2 semanas após a ligação dele embarquei em um Voo da KLM saindo de Guarulhos para Amsterdã. De lá em outro voo da KLM fui até Veneza.

Voo da KLM



Havia uma Van no aeroporto de Veneza esperando por nós… Chegando lá descobri que haviam outros tripulantes nos mesmos voos, e alguns saindo do Brasil também. DDo aeroporto a Van nos deixou em um Hotel um pouco afastado do centro, para que dormissemos por lá, e avisou que nos pegaria no dia seguinte às 8h da manhã.

Hotel em Veneza que ficamos a noite  Hotel em Veneza que ficamos a noite


Cansado como eu estava, só quis saber de detar e dormir… não sai pra andar por Veneza!!! Assim eu fiz, tomei um banho demorado, jantei, e literalmente “cai na cama”, e dormi até o dia seguinte!

Às 8h do dia seguinte após um café da manhã bem reforçado, a van nos buscou e levou até o porto de Veneza para que pudessemos embarcar. Chegando lá,um agente da Costa fez uma chamada e em seguida fomos para o Navio, onde passamos por 2 RX, um na entrada, onde a polícia carimbou nosso passaporte, e outro ao entrar no navio. Ao pisar no navio, você já fica sem o passaporte, pois na Gangway o Chief Crew Purser recolhe todos os passaporte e lhe entrega um cracha provisório, o qual lhe servirá até que seu CrewPass fique pronto…

Vou parar por aqui pessoal, creio que tenha ficado claro o processo da ISM, porém se alguem tiver mais alguma dúvida, por favor não hesitem em me escrever, seja por mensagens ou e-mails.
A partir da semana que vem, a Sta. Nicole Benete, diretora de uma agência de recrutamento e seleção para empresas como CUNARD, Princess e Yatchs of Seabourn, vai abrir uma coluna para exclarecer dúvidas de futuros tripulantes, aspirantes ou mesmo dos curiosos. Caso tenham algum assunto que tenham interesse em saber, me escrevam pois o mesmo poderá virar a pauta desta coluna.

Até mais…

terça-feira, 19 de abril de 2011

Agências X Companhias

 

Mikonos - Grécia

Recentemente mudei meus conceitos referênte às agências de recrutamento. Como havia dito antes, a melhor maneira de se conseguir uma vaga à bordo, seria através das agências de recrutamento, que no Brasil hoje em dia, só vem crescendo o número de vagas disponíveis atraves das mesmas.
Porém, há outras maneiras de se conseguir uma entrevista, e até mesmo uma vaga diretamente com as companhias. Você pode acessar o site das mesmas, cadastrar seu currículo, e aguardar um contato das empresas, ou mesmo entrar em contato por telefône, caso você possua um nível de inglês avançado ou fluente, e tentar o contato com a pessoa responsável pelos recrutamentos, que em grande maioria são atenciosos, e com muita frequência tendem a pedir que lhe encaminhem diretamente um currículo para o e-mail, e posteriormente agendam uma entrevista via skype com o candidato.

Bem, o assunto deste post tem como objetivo exclarecer um pouco mais sobre as mais diversas agências que existem aqui no Brasil. Vou tentar ser o mais genérico possível, não deixando que minhas prefências por esta ou aquela transpareça, afinal, cada um deve optar pela que agência que lhe for mais conveniênte.

Costa Mediterranea - Katakolon - Grécia


Primeiro vou relatar algumas das agências pelas quais passei por processo seletivo, e consequentimente embarquei para as companhias com as quais as mesmas trabalhavam.

ShipJobs:
A empresa fica no centro de São Paulo, próximo à Av. Ipiranga. Foi a primeira agência pela qual eu embarquei. Trabalham muito com a Pullmantur Cruceros.
Meu contato com a empresa foi após ter passado por 2 outras agências que ao final da entrevista, informaram haver uma “taxa” de agênciamento, esta em que na época eu não estava em condições de arcar por uma vaga à bordo.

Então um amigo que havia trabalhado na Pullmantur, me indicou a ShipJobs, sendo assim fui até a agência, onde fui atendido pela Sra. Mariângela, e passei por uma entrevista em português, um pouco de inglês e espanhol. Hoje em dia o processo é diferente, você deve primeiramente encaminhar seu currículo, e após a triagem a agência entra em contato com você agendando uma data para uma entrevista. Enfim, após a entrevista que eu fiz em meados de março, fui informado que deveria esperar até o final do ano, quando a companhia solicitava novos tripulantes brasileiros para trabalhar à bordo, porém que eu deveria ir providenciando alguns documentos, tais como STCW, exames médicos e afins.
Fiquei esperando cerca de 5 à 6 meses, até que a ShipJobs entrou em contato informando que haveria uma vaga para o inicio em novembro ou dezembro daquele ano, e perguntaram se havia interesse pela vaga, obivamente respondi que sim, então fui novamente instruido à correr atras de toda a documentação, em contra partida, a agência enviaria meu portifolio para a companhia aprovar ou não minha contratação, e agendar uma outra entrevista, a qual não aconteceu.

Então na penúltima semana de novembro recebi outro contato da ShipJobs informando que eu deveria embarcar na primeira semana de Dezembro, porém eu ainda não tinha feito o curso de segurança marítma (STCW), nem os exames médicos. Então meu embarque foi adiado para semana seguinte, me obrigando a literalmente “correr” para fazer todos os exames e ao mesmo tempo o STCW, que tem duração de 1 semana.

Então na segunda semana de Dezembro eu embarquei na Pullmantur, no navio Zenith.
Uma vez dentro do navio, você tem acesso à contatos importantes dentro da companhia, então saiba aproveitar todos os possíveis contatos…

segunda-feira, 7 de março de 2011

Idiomas de bordo – English, Español, Italiano, Deutsch, Française, Português

 

 

Malta La Valletta - panoramic 1

                                                                    Malta – La Valleta – MSC Musica

 

Which language we need to speak on board?
Che lingua dobbiamo parlare a bordo?
Welche Sprache brauchen wir an Bord zu sprechen?

 

Este é um dilema para muitos, mas vou desvenda-lo aqui pois o que eu descobri quando embarquei, é que o o idioma não é algo que te desqualifica dentro do navio. Claro para uns pode até ser, pois imaginem um recepcionista que não sabe falar italiano, em uma empresa italiana, em que a maioria dos passageiros são de origem italiana? Não tem jeito, neste caso é sim necessário ter dominío do Italiano, ou em outros casos domínio de outras línguas. Mas para a grande maioria dos tripulantes isto não é regra, alguem que vai trabalhar como camareiro, cleaner, pool boy, galley util. entre outros cargos nesta mesma faixa, o inglês por exemplo, não é algo obrigatório para conseguir uma destas vagas.
A grande maioria das companias, sempre que publicam qualquer vaga em aberto, coloca como um dos requisitos o inglês, mas nem todas as vagas exigem a fluência, se você começar a pesquisar as vagas diretamente nos sites das companias de navio, vai notar o que eu estou dizendo.

Geralmente eles colocam exatamente o que buscam no profissional, e quando indicam o inglês notem que sempre vão dizer o quanto você deve conhecer do idioma para entrar no navio, pode ser inglês fluente, inglês avançado (aquele que você compreende mas ainda tem alguma dificuldade para formar as frases e desenvolver uma conversa), inglês intermediário, inglês básico
(geralmente citado como “conhecimentos no idioma”)

MSC Musica - Malta - La Valleta
Aqui no Brasil, a maioria das agências, ou ao menos as mais sérias, exigem que você tenha um bom inglês para quase todas as posições. Não acho errado, pois como vamos todos acabar fora do país, trabalhando em um local com várias culturas e nacionalidades, é mesmo muito importante saber o inglês para manter um diálogo até mesmo com seu superior ou com seu colega de trabalho. Mas o que todos esquecem é que a melhor escola que temos é a convivência do dia à dia. Ao menos nós, brasileiros temos muita facilidade de nos adaptar em diversas situações, e facilmente aprendemos também outros idiomas, mesmo que seja para uma comunicação muito básica.

Como eu disse, não acho errado por parte das agências a exigência do inglês para embarcar ou não um novo tripulante, mas a realidade que encontrei à bordo de todos os navios em que estive foi bem diferente. Não só os brasileiros, mas vários outros tripulantes de “N” países não falam o inglês, ou não falam corretamente o inglês, e isto não é problema algum para eles ou para a compania. Exemplo, para entrar na Pullmantur, assim como todas as outras companias, me foi exigido o inglês, mas quando entrei no navio descobri que o idioma mais falado à bordo era o espanhol, então os poucos que falavam o inglês cometiam alguns erros medonhos de concordância ou mesmo de pronúncia, mas você acaba se acostumando e deixando passar batido. O que aconteceu a seguir, foi que eu tive que aprender o espanhol para me comunicar melhor com todos, pois grande parte da tripulação falava mais o espanhol do que o inglês.

Mykonos - Greece

Quando fiz a entrevista com a Denize Ponz pela ISM Brasil, lá em Curitiba, também disseram que o inglês seria algo que me desclassificaria para entrar ou não na Costa, fiz a entrevista com a mesma que me aprovou, e alguns dias depois fiz uma entrevista por skype direto com recrutadores da própria Costa em Genova e também fui aprovado. Entrei para trabalhar como fotógrafo à bordo. Quando cheguei na Costa Cruzeiros, no Costa Fortuna que foi meu primeiro navio da Costa, notei que o idioma mais falado ali era o Italiano. Pronto “meu desespero” eu havia treinado mais um pouco do meu inglês após ter saído da Pullmantur, aprendi espanhol, e agora deveria aprender o Italiano. Meu manager e seu o assistente eram italianos, os outros fotógrafos que já eram mais experiêntes eram 2 hondurenhos, 4 filipinos, 2 italianos e 4 brasileiros, excluindo 3 brasileiros que estavam em primeiro contrato, todos os demais falavam italliano além do inglês, então aqui realmente foi necessário saber o inglês para falar com os filipinos e com os italianos, já os hondurenhos eu arriscava meu “portunhol” na época e com eles fui me aperfeiçoando e aprendendo mais.
Acho que aprendi um pouco de italiano de tanto ouvir e tentar responder (mesmo errado)… mas não sou fluente, nem intermediário, me considero um aprendiz ainda.

Amsterdam - The Netherlands

Bem o caso é que fui finalmente fazer uma temporada na Europa, e para minha surpresa lá fora quase nenhum ou pouquissimos dos passageiros que embarcavam falava inglês, então tinha que usar o famoso “embromation” para tentar conversar em italiano, alemão… “até parece”, francês, e por fim o inglês e espanhol… Falando dos passageiros, a maioria dos Italianos são educados, atenciosos e prestativos, e quando percebem que você não fala o idioma deles faz o possível para entende-lo e em meu caso até me ensinaram um pouco kkk, os franceses são um pouco mais “chatos” no melhor sentido da palavra, os que encontrei à bordo, só falavam francês ou italiano, e para me entender, as vezes eu tinha que “desenhar literalmente” o que eu queria dizer.
Os americanos são descontraidos, e sempre tem uma piada para soltar, mas quando percebem que você não fala “corretamente” o inglês, ou ao menos de uma forma que eles o entendam, te deixam falando, agradecem e procuram outra pessoa para atender.
Os alemães, aaaah, vou falar pouco deles aqui. Estes são os que geralmente querem sempre que a pessoa que os atenda fale Deutsch, se você arriscar um inglês ou outro idioma, eles ficam bravos, e vão embora deixando você literalmente falando sozinho. Sei que não compete ha este tema, mas devo dizer outra curiosidade sobre os alemães que descobri à bordo, na galeria de fotos, quando estão buscando suas próprias fotos, quando se deixam ser fotografados, é claro, se você abordar algum deles para oferecer ajuda, desista pois ele fica bravo, desiste da foto e vai embora. Nunca entendi isto mas é verdade, acontece.

Vou ficando por aqui, se tiver alguma dúvida ou tiver interesse em algum tema em específico, não hesite em me escrever.
Meus contatos estão abaixo no primeiro Post e meu facebook está no topo à direita.
Abraços.
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